domingo, 3 de junho de 2012



A terapia da perseguição
Mateus 5:10-12

      Introdução
O dia 03 de Junho foi estabelecido como o DIP, Domingo da Igreja Perseguida, assim, segue abaixo uma porção da mensagem que ministrei na COGIC Missão da Fé Apostólica neste dia. 

1-      Peneirados pela Perseguição

Acredito que nada na história da Igreja a tornou tão madura e poderosa quanto a perseguição, por isso a trato aqui como uma terapia divina.
O aspecto positivo mais forte da perseguição é a sua extraordinária capacidade de diferenciar, distinguir e selecionar os verdadeiros dentre os falsos. Em todo período de perseguição sempre houve os mártires e os heróis da fé que optavam por perder a sua vida, mas não negavam sua fé em Cristo (Mateus 16:25). Por outro lado, a perseguição sempre revelou a mediocridade espiritual de crentes “light”, cuja fé está apenas fundada nas promessas dos bens do presente (1ª Coríntios 15:19). E não se engane meu irmão, nestes tempos do fim haverá aqueles que negarão sua fé (1ª Timóteo 4:1), porém, “mas aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mateus 24:13). Quando Paulo estava no momento de mais intensa perseguição de sua vida e ministério, foi abandonado por um “crente anão” chamado Demas (2ª Timóteo 4:10).
A diferença entre o justo e o ímpio, entre o que verdadeiramente serve a Deus e o que não serve (Malaquias 3:18) se revela em tempos de perseguição. Os maiores moveres de Deus hoje em dia estão ocorrendo em países cuja Igreja se reúne secretamente em função da perseguição. Crentes em nações comunistas e muçulmanos estão vivendo em uma dimensão espiritual que nós jamais imaginamos, pois a perseguição “peneirou” a Igreja revelando os verdadeiros discípulos de Jesus (Lucas 14:26-27,33).
Ouça atentamente e com cautela, uma perseguição se abaterá sobre a Igreja que forçará os falsos a apostatarem e os verdadeiros a se manifestarem com ousadia e poder e clamores como este: “Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que falem com toda ousadia a tua palavra, enquanto estendes a mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo Filho Jesus.” (Atos 4:29-30). O resultado deste clamor é o resultado de nosso clamor ante a perseguição: “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus.” (v. 31). Na perseguição, Deus moverá a Igreja com o clamor dos intercessores, o Espírito Santo se derramará “outra vez” e o evangelho será anunciado com uma ousadia sem precedentes na história.   

2-      Espalhados pela perseguição

A Igreja parece estar “dançando ao redor da sarça”, mas não quer ir ao Egito desafiar o Faraó e libertar o povo. Há uma empolgação e uma euforia com o “crescimento” do seguimento evangélico, e os crentes se acomodaram dentro das quatro paredes confortáveis da Igreja, com seu caríssimo ar condicionado e seus bancos estofados de primeira. Estão todos “unidos” formando um império de “super santos” que não saem de seu ambiente religioso por nada.
Deus, por sua vontade permissiva viabilizará um meio para espalhar a Igreja para os povos, a Perseguição.
Note este a grandeza desse texto: “...E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos.” (Atos 8:1).
A perseguição tirará a Igreja da “toca”, e os templos, embora importantes, perderão sua grande freqüência em função das grandes cruzadas evangelísticas. “Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.” (Atos 8:4).  

3-      Unidos pela Perseguição

Quero louvar a Deus pela Igreja na China, que debaixo de um esmagador jugo de comunismo, está cada vez mais unida em seus refúgios secretos, cultuando a Deus com uma intensidade que me faz sentir vergonha de alguns cultos em nossas igrejas. Uma atmosfera de comunhão paira sobre os crentes chineses, que mesmo não tendo ainda uma linha doutrinária estabelecida, estão se encontrando com Jesus freqüentemente.
Emociono-me com relato da unidade da igreja apostólica primitiva no tempo de maior perseguição de sua história, quando o sinédrio, os judeus, os fariseus e seu maior ícone Saulo de Tarso empreitavam uma campanha brutal de morte e destruição: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações... Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração.” (Atos 2:42, 43-46). A grande perseguição criou entre eles um senso de interdependência e serviço mútuo, que tornava aquela igreja tão humilde e desprezada na maior força da terra, e o resultado de tal união não poderia ser outro, CRESCIMENTO, e não “inchaço”. “...louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” (v. 47).
A perseguição é parte da terapia divina para a Noiva enferma. 

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