sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Dois Tipos Antagonistas no Ministério Apostólico


Judas é a figura profética de uma geração de ministério reprovada por Deus, uma geração que anda com Jesus apenas em função de uma “crença religiosa” e com motivações temporais, mas cujo coração está longe de Deus e de seus princípios. Estas são as características da “Geração Judas”:

1-       Ministério formalista que não entende nada sobre adoração. Quando a mulher de Betânia adorou a Jesus com sua oferta, Judas demonstrou toda sua frieza e formalismo quando não compreendeu o ato profético daquela adoradora (Mc 14:3-9). Note que adoração desta mulher tinha pelo menos quatro características (v. 3): (1) A adoração deve ser pura “...unguento de nardo puro...”; (2) A adoração deve ser sacrificial “...de muito preço...”; (3) A adoração deve ser com quebrantamento “...e, quebrando o vaso...”; (4) A adoração deve ser total e completa “...lho derramou sobre a cabeça.” A reação do pseudo-apóstolo à atitude da mulher foi de censura, como muitos ministros frios desta geração: “...Para que...[isto]?” (v. 4b) E a resposta de Jesus foi e será sempre a mesma, para os formalistas do passado e da atualidade: “...Deixai-a, para que a molestais?...” (v. 6). Por mais extravagante que seja a adoração não cabe a ninguém censura-la, deixai-a! Glória a Deus!
2-       Ministério cujo coração está inclinado para o mal. O texto de João 13:2 deixa muito claro que tipo de coração tinha Judas: “...tendo já o diabo posto no coração de Judas...” Poderia um homem cujo coração é receptáculo de intentos malignos desenvolver um ministério aprovado por Deus e em sintonia com os seus propósitos? Muitos ingressam no ministério com motivações impuras e corações não regenerados. Alguém cujo coração é suscetível às sugestões maliciosas de Satanás ou do mundo não está apto ao santo ministério. Vivemos em dias proféticos, em que observamos com real clarividência os dois tipos de igrejas desta dispensação final, Filadélfia e Laodicéia – Ap 3:7-22, e muitas “igrejas” não se fundamentam em qualquer princípio ou fundamento escriturístico para a consagração de obreiros e principalmente ministros, as prerrogativas e credenciais relacionadas por nosso professor apóstolo Paulo são ignoradas de forma ultrajante (I Tm 3:1-13), consagra-se por se ter o dízimo mais alto, por se ter formação acadêmica, por gozar de intimidade com a liderança, e por muitos outros fatores que nada tem a ver com os valores requeridos por Deus. E a maior parte destes, “caem”, pois são neófitos (I Tm 3:6), ou seja, não estão moral e espiritualmente preparados para o ministério, e o seu final é vaticinado pelo texto paulino: “...[cairão] na condenação do diabo.” Esta foi a condenação de Judas (Mt 27:1-5; At 1:18)
3-       Ministério marcado pela avareza e cobiça. Esta faceta do ministério de Judas foi predita pelo profeta Zacarias (Zc 11:12), e confirmada de maneira enfática e contundente pelo evangelista João: “...porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.” (Jo 12:6). Em uma geração devota de Mamóm como é a nossa, esta é uma realidade em muitos ministérios que tem como único foco a lã do rebanho (o dinheiro). Pastores de congregações locais que traem a confiança de seus lideres fazendo o chamado “caixa dois”, pois não tem fé e caráter suficiente para crer e depender totalmente da provisão de Deus; evangelistas e pregadores itinerantes que profissionalizaram a vocação, cobrando “cachês” exorbitantes para ministrarem algo que nem ao menos pertence a eles. A palavra de nosso Mestre a estes é: “...de graça recebestes, de graça daí.” (Mt 10:8). Por outro lado, temos pastores avarentos, que para sustentar a pompa de suas “catedrais”, desprezam ministros itinerantes sérios e comprometidos com Deus e com sua palavra, como o foram o diácono-evangelista Filipe (At 8:5-7), o avivalista Apolo (At 18:24-28) e o profeta neo-testamentário Ágabo (At 21:10). Judas era o tesoureiro da comitiva apostólica de Jesus, porém o texto é claro em proferir que ele roubava da bolsa o dinheiro das ofertas, pois sua ganância já o havia cegado. Não há nada de errado em ter dinheiro, a maldição estará no tipo de sentimento que nutrimos por ele. “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” (I Tm 6:10)
4-       Ministério que assassina profetas por preferir políticos. Alguns estudiosos cogitam que a origem do sobrenome Escariotes de Judas, deriva-se de Queriotes, uma cidade moabita amaldiçoada por Deus (Jr 48:25; Am 2:2), na forma aramaicizada temos: “isqaryã’ã” que significa “um assassino”, e isto se apresenta em meu espírito com um significado profético. Judas era um ministro racionalista, que esperava o aparecimento de um Messias político, que livrasse Israel do jugo romano pela espada ou mesmo pela diplomacia, quando começou a entender que Jesus não veio para reinar em um trono de marfim, e sim implantar um reino espiritual na terra (para posteriormente implanta-lo de maneira literal), se decepcionou com o Mestre e foi tomado por espírito homicida. Ele não queria um Messias profeta, ele queria um déspota tirano. Este é o retrato típico de muitos ministérios da atualidade, seus púlpitos somente estão disponíveis para os politicamente influentes, mas vetados para os verdadeiros profetas. Muitos “sacerdotes” estão inchados e cauterizados como Amazias que tentou frustrar o ministério de Amós em Betel: “Depois Amazias disse a Amós: Vai-te, ó vidente, foge para a terra de Judá, e ali come o pão, e ali profetiza; mas em Betel daqui por diante não profetizaras mais, porque é o santuário do rei e a casa do reino.” (Am 7:12-13) Diante de Deus, reis não são maiores do que profetas. Quando Jerusalém deixou de ser a capital espiritual da fé judaica para se tornar meramente uma atração turística rentável à monarquia de Judá, passou a perseguir os profetas, ao que Jesus lamentou: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados...” (Mt 23:37). Esta “geração Judas” não terá êxito, pois o Senhor está levantando uma “geração Matias” (sobre isto falarei mais adiante).
5-       Ministério marcado pela hipocrisia. O cinismo de Judas é uma característica marcante em ministérios hodiernos, uma ênfase “mecânica” em manter as aparências e conservar os protocolos do legalismo religioso, demonstrando um pseudo-amor mediante atos externos destituídos de motivações sinceras. A palavra “hipócrita” é mencionada em Mateus 6:2 em seu texto original como “hupokrites”, que significa literalmente “àquele que usa uma máscara para disfarçar suas verdadeiras motivações. Atos externos não empolgam à Deus. “Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas [hupokritesnas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.” Tapinhas nas costas para selar vantagens ministeriais, apertos de mão com duplo propósito, palavras lisonjeiras com tom velado de suborno. Muitos homens de Deus estão correndo perigo se não se precaverem, pois estão cercados de bajuladores que ao menor sinal de contrariedade se tornarão lobos devoradores (Mt 10:16). Pastores, vigiem! Tudo isto não convém ao santo ministério. As palavras de Judas são as palavras dos obreiros hipócritas: “...Aquele que eu beijar, esse é; prendei-o...” (Mc 14:44)
6-       Ministério curto que será sucedido pela “geração Matias”. Davi, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu um salmo profético acerca do desfecho do ministério de Judas dizendo: “Sejam poucos os seus dias, e outro tome o seu ofício.” (Sl 109:8). O mesmo Espírito abriu o entendimento de Pedro, associando este salmo à sorte de Judas (At 1:15-20). Não precisaremos mover uma palha para combater o ministério “dos Judas”, pois ele será abreviado e substituído por outro escolhido por Deus. Esta liderança corrompida que tem censurado os adoradores, emprestado o coração ao diabo, servido a Mamóm, assassinado profetas, e dissimulado suas motivações, dará lugar a uma nova geração que o senhor já está levantando, a “GERAÇÃO MATIAS”.

Por sua credibilidade Matias foi separado junto com José Justo, para depois ser confirmado pelo Espírito Santo como o sucessor da “cadeira apostólica” que pertencia a Judas. Eis aqui cinco características da “geração profética e apostólica de Matias” que o Espírito Santo me confidenciou:
1-                 Ministério que não troca as glórias do futuro pelas incertezas do presente (Mt 26:15; Lc 22:30). Judas tinha de Jesus a promessa de um trono no reino futuro junto aos demais onze apóstolos, mas por precipitação trocou esta gloriosa posição honorífica por miseras trinta moedas de prata. Matias estará lá ocupando esta posição que pertenceria a Judas. Assim diz o Senhor: As minhas honras ficarão para esta nova geração. Aleluia!
2-                 Ministério perseverante que não arreda o pé (At 1:21-22). O sucessor de Judas deveria ser alguém que conviveu com Jesus e os apóstolos antes do início de seu ministério terreno, tendo estado sob a autoridade profética de João Batista, até os momentos finais, que incluem a morte, a ressurreição e a ascensão de Cristo. Em fim esta nova geração profética é uma geração perseverante, que não para no meio do caminho, que não abandona seus líderes ungidos, mas permanece até a consumação de sua dispensação, seja por morte ou pelo arrebatamento da Igreja. Glória a Deus! Esta é a “geração Matias”.
3-                 Ministério levantado através de oração (At 1:24). Como é prejudicial à igreja a consagração de obreiros sem a direção clara e direta do Espírito Santo. Deus ainda quer falar com sua liderança, apontando homens e mulheres chamados que darão frutos permanentes. Respostas, estratégias e nomes são dados como resposta de oração perseverante e com fé. Assim como Matias o foi, a nova geração será indicada não pelo amigo, do amigo, do amigo do pastor ou do líder tal, e sim, pelo agenciador da igreja, o divino Espírito Santo (At 13:2). “E, orando...” (At 1:24 a
4-                 Ministério provado pelos degraus eclesiásticos (Lc 10:1). O grande historiador Eusébio de Cesaréia, afirmou em sua famosa obra “HISTÓRIA ECLESIÁSTICA”, que Matias fazia parte do segundo grupo ordenado por Cristo para a grande comissão, os setenta, sendo assim, Matias foi provado em uma posição “de menos destaque” antes de fazer parte do seleto grupo do colégio apostólico dos doze. Nota-se em nossos dias uma verdadeira descaracterização e desvalorização do santo ministério, quando homens absolutamente destituídos de algum tipo de bagagem ministerial são alçados ao episcopado pelos méritos mais absurdos. Será que um homem está preparado para o ministério somente pelo fato de ser um ícone na sociedade, como um atleta de alto nível ou um artista de TV, a resposta é obvia, NÃO! Ninguém pode alçar a honorífica posição episcopal sem passar pelas fases primárias do discipulado cristão e da “prova” para estar apto. Desejar o ministério é algo louvável (I Tm 3:1), porém, “não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.” (I Tm 3:6). A “prova” é imprescindível. “E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam [ministrem], se forem irrepreensíveis.” (I Tm 3:10). Se não for provado pelas agruras da obra, tenha ao menos um legado espiritual de uma “família sacerdotal”. Antes de compor o seleto “grupo dos doze”, passe pela experiência com “os setenta”.   
5-                 Ministério escolhido por Deus e revelado aos homens (At 1:26)Existem muitos ministros que já foram escolhidos por Deus, mas ainda não foram revelados por Deus às lideranças constituídas por Deus. Isto tem gerado uma verdadeira “migração evangélica” de crentes de uma igreja para outra atrás de um lugar ao sol no ministério. Muitos “profetas” precipitados se tornaram verdadeiros “ciganos da fé”, nômades incansáveis que buscam o reconhecimento e a aprovação de homens e não de Deus (II Tm 2:15). Moisés foi escolhido no ventre de Joquebede, mas seu ministério foi revelado apenas quarenta anos depois, Paulo já era um ministro no presciente projeto de Deus, mas seu ministério somente “explodiu” catorze anos após a sua milagrosa conversão. Se Deus pode endurecer o coração de um faraó para provar seus servos, ele pode “amolecer” o coração de seus líderes ungidos para reconhecer seus escolhidos. Quando chega o tempo certo, haverá um consenso unânime. “...E, por voto comum, foi contado com os onze apóstolos.” Não se esqueça que Deus pode exaltar ricamente o mais anônimo e insignificante dos homens, ele é o Deus que “...do pó levanta o pequeno, e do monturo ergue o necessitado, para o fazer assentar com os príncipes do seu povo.” (Sl 113:7-8) E, o exaltar, não cabe a homens e instituições senão a Deus, “Porque nem do Oriente, nem do Ocidente, nem do deserto vem a exaltação. Mas Deus é o Juiz; a um abate e a outro exalta” (Sl 75:6-7). A “geração Matias” será revelada no tempo certo.


Concluindo esta postagem tão repleta de revelações e exortações proféticas, devemos nos lembrar que a bíblia menciona outros ministros como apóstolos além dos doze, destacando que, os doze foram enviados por Jesus, e os demais até os dias de hoje são enviados pelo outro Consolador “da mesma espécie”, o Espírito Santo (Jo 14:16).
           
            Paulo de Tarso (de quem falaremos mais em postagens posteriores) e Barnabé, são citados como apóstolos por Lucas em sua narrativa (At 14:4, 14), em Romanos 16:7, Paulo menciona o nome de dois parentes seus que aceitaram a fé antes dele, aos quais chamou apóstolos: “Saudai a Andrônico e a Júnia, meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e foram antes de mim em Cristo.


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