sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A RESTAURAÇÃO DO MINISTÉRIO APOSTÓLICO



Emerge em nosso tempo, uma profunda reavaliação no ministério da Igreja, com vista em prevenir e extinguir os modismos e ventos de doutrina que em nada se assemelham aos princípios e padrões salutares da bíblia sagrada.
            Ao mesmo tempo em que estamos vivendo na geração do maior avivamento que o mundo já conheceu (Mt 24:14), vivemos também em uma época de supervalorização de títulos humanos, e principalmente, títulos eclesiásticos, os quais são muitas vezes atribuídos sem a menor justificativa ou propósito.
Neste pequeno estudo que posso chamar de “clamor profético”, quero abordar o ressurgimento de um dom ministerial que gera muitas opiniões paradoxais extremistas, de um lado estão àqueles que acreditam que este dom distinguia apenas os doze escolhidos de Jesus e a Paulo de Tarso, de outro há àqueles que banalizaram a terminologia do dom atribuindo-o a líderes denominacionais destituídos das credenciais inerentes a este dom ministerial. Refiro-me ao dom de APÓSTOLO.
            Proponho-me nesta postagem apresentar uma posição bíblica equilibrada acerca do apostolado moderno, e expor de maneira contundente e profética o posicionamento de Deus acerca do tema.

                                                      Redefinindo o Ministério Apostólico

A primeira menção bíblica do termo apóstolo encontra-se no evangelho escrito por Mateus 10:2 “Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes...
            A palavra apóstolo do grego apostolos enviado, mensageiro, embaixador, refere-se inicialmente a estes doze homens selecionados por Jesus para serem seus representantes e pioneiros na fundação da Igreja cristã. O próprio Senhor Jesus é citado como apóstolo dado o seu envio para cumprir uma missão divina: “Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo...” (Hb 3:1; Jo 17:3)
            Não podemos restringir o apostolado apenas ao âmbito dos doze eleitos pelo Senhor, porém, não podemos negar a singularidade destes em detrimento de suas credenciais e privilégios, haja vista que sua missão foi de caráter exclusivo. Os doze receberam os primeiros e mais importantes ensinamentos de Jesus no afã de difundi-los e estabelecer o novo fundamento que complementasse os profetas sem tirar a preeminência de Cristo como o faz a “igreja romana”: “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina.” (Ef 2:20)
            Os doze também distinguem-se por sua inigualável posição e glória futura à despeito de terem sido martirizados (com exceção de João): “...Em verdade vos digo que vós, que me seguistes [os doze], quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vós assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.” (Mt 19:28)
            As distinções fundamentais dos doze primeiros apóstolos eram seu conhecimento e experiência singular de Cristo e de sua doutrina, por terem estado junto a ele por mais de três anos. Neste aspecto os doze foram únicos e insubstituíveis. Podemos resumir sua importância em três aspectos marcantes e inegáveis testemunhados por eles:
1-      Os ensinamentos diretos e claros de Jesus;
2-      Os milagres operados por Jesus;
3-      A ressurreição de Jesus.
Afinal, não por acaso, os seus nomes estarão gravados nas doze colunas que sustentam a muralha da Nova Jerusalém. “E o muro da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.” (Ap 21:14).
            Eis, porém, uma questão muito debatida: Houve outros apóstolos além dos doze? Antes de responder isto à luz da bíblia, lembremo-nos de que uma “décima terceira pessoa” assumiu um lugar vago no apostolado, do qual Judas se desviou. Vamos abrir o nosso espírito para algumas revelações que eu recebi acerca deste episódio, na postagem seguinte.


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