sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A UNÇÃO APOSTÓLICA NOS QUATRO MINISTÉRIOS


E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.
Efésios 4:11

            Em sua vídeo aula sobre o Tabernáculo, o evangelista internacional Benny Hinn comparou os cinco ministérios da Igreja com os cinco dedos da mão, como à seguir: o dedo mínimo representa o dom de mestre que consegue por ser pequeno, penetrar nos segredos mais minuciosos das Escrituras e revela-las; o dedo anelar representa o dom de pastor, que tem a responsabilidade de conservar a aliança entre Cristo e suas ovelhas; o dedo maior representa o ministério do evangelista que por ser o mais longo tem um alcance maior no que tange ao globo terrestre; o dedo indicador representa o profeta que com este dedo em riste vocifera: “Assim diz o Senhor!” e o dedo polegar representa o ministério apostólico, pois é o único dedo que tem alcance para tocar os outros quatro dedos, assim como o ministério apostólico pode abarcar os outros quatro ministérios bíblicos.
            Eu creio que na atual dispensação, os ministérios de profeta; evangelista; pastor e mestre têm uma unção apostólica, pois Jesus inaugurou uma “era apostólica”.
            PROFETAS. Os profetas sempre exerceram uma influência significativa na vida religiosa e política do povo de Israel. Grandes avivamentos foram desencadeados mediante a mensagem incisiva e contundente destes homens que gozaram de uma intimidade singular com Deus. Três principais características expressam a distinção do profeta entre os “homens comuns”:
1-      Suas palavras eram respaldadas por Deus. “E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque eles são casa rebelde) hão de saber que esteve no meio deles um profeta.” (Ez 2:5)
2-      São intocáveis para Deus. “Não toqueis nos meus ungidos e não maltrateis os meus profetas” (Sl 105:15)
3-      São confidentes de Deus. “Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.” (Am 3:7)
Nas dispensações passadas, representavam a Deus no ministério e eram ungidos, os reis; os sacerdotes; os juizes e os profetas, porém, os mais destacados foram os profetas, embora todos tivessem sua importância.
Assim como existem semelhanças entre o profeta no Antigo Testamento, existem também diferenças. Em seu livro intitulado: Títulos e Dons do Ministério Cristão, o professor Estêvam Ângelo de Sousa assim escreveu: “É quase certo que alguns pensam em um profeta do A.T. à maneira do que julgam ser um profeta em nossos dias. Pensam talvez em um homem de joelhos, com os olhos fechados, a proferir, sob o impulso do Espírito Santo, uma mensagem predita ou de advertência. Este conceito, entretanto, não corresponde ao profeta nem do A.T nem do N.T.
O mais certo é pensar em um homem sentado a uma mesa, a escrever a mensagem que Deus lhe vai colocando na mente, ou mesmo ditando para outro escrever, como no caso de Jeremias e Baruque (Jr 45), etc., falando ao povo, convocando especialmente para determinadas ocasiões. Outras vezes falando ao rei, às autoridades de seu país, em audiências obtidas propositadamente; e ainda transpondo as fronteiras do seu país, andando léguas e léguas, levando impressa em sua mente a mensagem de Deus, a outros povos; à semelhança de um estadista, um emissário, com a autoridade para denunciar as transgressões dos reis, dos príncipes e povos, a exortá-los ao arrependimento e à conversão a Deus, como faz em nossos dias, um pregador do Evangelho, movido pelo Espírito Santo.
Perceba aqui, que, o profeta do passado possuía as credenciais do pregador da atual dispensação. Devemos, porém, distinguir o Ministério de Profeta do Dom de Profecia.
            Muitos se intitulam “profetas”, sem ter a menor familiaridade com as Escrituras, o que constitui-se como um paradoxo, pois o verdadeiro profeta destaca-se como um “oráculo de Deus”, o profeta “borbulha” a palavra de Deus pois está cheio dela. Não são todos no corpo de Cristo que podem exercer o ofício de profeta, pois nem todos estão biblicamente preparados para isso. Este é o Ministério Profético, “E ele mesmo deu uns para...profetas...” (Ef 4:11).
            Como um profeta, eu sei que o desejo de Deus é que todos profetizem. Deus sempre anelou por uma geração profética, e Ele expressou isto através de dois grandes ícones, no Antigo Testamento, Moisés e no Novo Testamento Paulo de Tarso (Nm 11:29; I Co 14:5). O ministério profético é distintivo, mas o dom de profetizar é para todos os crentes, e deve ser anelado e buscado por todo crente zeloso, “Segui o amor e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar” (I Co 14:1).
            O ministério profético hoje não pode perder o seu foco e assumir características da Antiga Aliança, pois assim, não seria um ministério apostólico. Não é raro se ver hoje “profetas” vaticinando morte, caos e a ira divina, e isto não é um ministério profético genuíno, não obstante eu creio que Deus ainda exerce juízo sobre o pecado do homem, mas a implacável ira do Pai foi desviada da humanidade quando se deparou com o Filho na cruz do calvário. O extremo dessa situação são os “profetas do uma vez salvo, salvo para sempre”. Não quero me embrenhar aqui em uma discussão teológica sobre calvinismo e arminianismo, pois o conteúdo deste livro é de cunho profético, mas o profeta não somente anunciar a face graciosa e provedora de Deus e omitir seu juízo vindouro.
            Profetas não podem viver à “entregar chaves” de casas ou automóveis (embora Deus o possa fazer) e dizer falsamente: “Meu servo, estou me agradando de ti, diz o Senhor!” quando a pessoa está com a vida atolada no pecado. Este é o motivo de muitos “crentes” não se converterem de verdade. “Assim diz o Senhor Jeová: Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio espírito e coisas que não viram!” (Ez 13:3). O profeta apostólico limita-se a edificar os fiéis, exortar os desapercebidos e consolar os aflitos (I Co 14:3).
            Existem alguns critérios para se identificar a autenticidade de um ministro profético, mas o principal é dado pelo maior profeta que já existiu: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvores má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Toda arvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.” (Mt 7:15-20).
            Há um modelo típico e expresso deste tipo de ministro no livro de Atos (o paradigma para a Igreja moderna), trata-se de um de um profeta que também exerceu o ofício apostólico, Silas. “Depois Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras.” (At 15:32). Perceba que, o ministério profético de Silas conferiu-lhe o privilégio de ser escolhido por Paulo para uma missão apostólica “E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu...” (At 15:40), isto, logo após o “desligamento” ministerial de Paulo e Barnabé (At 15:39). Silas foi um PROFETA APOSTÓLICO. 
            Precisamos de uma restauração no ministério apostólico para haja uma nova compreensão do que é um profeta na Aliança da Graça.
            EVANGELISTAS. Eis aqui o ministério que talvez expresse melhor a missão apostólica de Jesus e seus discípulos, afinal de contas, os doze apóstolos eram doze evangelistas. Refere-se a um dom especial de pregar ou testemunhar, de forma a trazer o descrente à experiência da salvação. Evangelista significa literalmente proclamador das Boas Novas, ou pregador do Evangelho.
            Este ministro é dotado de um zelo consumidor pela grande comissão, como se latejasse vinte e quatro horas no seu interior a ordem imperativa do Mestre: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” (Mc 16:15). Há apenas três menções ao termo evangelista no Novo Testamento (pois tal dom não foi mencionado no A.T.): em Atos 21:8 “...Filipe, o evangelista...”; Efésios 4:11 “Ele mesmo deu uns para...evangelistas...” e em II Timóteo 4:5 “...faze a obra de um evangelista...
            A despeito de ser pouco referido na bíblia, o dom de evangelista detém uma posição de destaque na missão da Igreja, pois o propósito número um da Igreja é a evangelização.
            Diante de um fato meu espírito não pode se calar, temos observado nas hierarquias eclesiásticas uma designação paradoxal, ou seja, dons ministeriais atribuídos meramente como títulos honoríficos. Principalmente, pastores que não apascentam e evangelistas que não evangelizam, e isto está diametralmente oposto ao modelo apostólico de Atos e causa uma descaracterização no ministério da Igreja. Não me refiro ao sistema hierárquico, pois isto é uma questão dogmática, refiro-me a inversão de valores ministeriais que é patente em muitos ministérios.
            Constatemos isso no prisma do dom de evangelista. Existe em nossos dias um pseudo-ministério evangelístico que permeia o cenário evangélico internacional. Proponho-me aqui, como profeta, a fazer uma denúncia no afã de despertar-lhe para enxergar melhor os fatos que estão passando desapercebidos e se tornando “normais”. Vejamos algumas características de um ministério de evangelista “duvidoso”:
1-      A MENSAGEM. Não é raro vermos alguns que se intitulam evangelistas, cuja mensagem não tem como foco primordial o alcance das almas. A principal característica da mensagem do evangelista é a cruz, pois a cruz deve ser a nossa responsabilidade de renúncia (Mt 16:24); mais do que isso, é uma responsabilidade diária (Lc 9:23); a cruz não pode se tornar vã (I Co 1:17); a cruz é o nosso estandarte (Gl 6:12); a cruz é a nossa única glória (Gl 6:14); a cruz é instrumento de reconciliação (Ef 2:16); na cruz nossa sentença foi anulada (Cl 2:14), em fim a cruz não pode estar ausente da mensagem inflamada de um verdadeiro evangelista. Eu pergunto, será que esta chamada “teologia da prosperidade” externa algum vestígio de cruz, eu mesmo respondo, NÃO! Podemos perfeitamente incorporar elementos e aspectos da Antiga Aliança na mensagem evangelística, porém, ela deve ser absolutamente cristocêntrica, ou seja, Cristo é o assunto mais importante da pregação. Esta foi a chave do ministério de Filipe: “E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo” (At 8:5), e o segredo do ministério de Paulo: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.” (I Co 2:2). Alguns “evangelistas” fazem uso dos dons espirituais como uma espécie de show, para se auto-promoverem, e sujeitarem as pessoas ao seu carisma pessoal, ao contrário de Paulo: “Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Jesus” (II Co 4:5).
2-      A MOTIVAÇÃO. Estariam corretas as motivações de alguns “evangelistas”? O que motiva o trabalho e o ministério do verdadeiro evangelista é o amor Cristo, “Porque o amor de Cristo nos constrange...” (II Co 5:14). Pregar para ser o mais famoso? Pregar para ser o mais aplaudido? Pregar para ser o mais rico? Não, absolutamente não! O evangelista prega, impulsionado por um zelo consumidor que o compunge, quase como uma obrigação, mas com profundo prazer. “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! E, por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada.” (I Co 9:16-17)
3-      DINHEIRO. Posso dizer em tom vociferante que profissionalizaram a vocação, e isto é conseqüência do espírito de avareza que permeia a vida e o ministério dos falsos pregadores, que pregam a verdade, mas não a vivenciam. São os “fariseus pós-modernos”. “Na cadeira de Moisés, estão assentados os farizeus. Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam” (Mt 23:2-3). Esta avareza tem dois lados que não podem ser omitidos, primeiro por parte de certos pastores que se esquecem que: “...Digno é o obreiro do seu salário. Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.” (I Tm 5:18; I Co 9:14), e em segundo lugar por parte de certos evangelistas que são “...homens corruptos de entendimento e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho...” e se esquecem das palavras de Jesus: “...de graça recebestes, de graça daí.” (I Tm 6:5; Mt 10:8). Quero citar três casos de “ministros” avarentos da bíblia, que muito se assemelham com alguns “evangelistas” mercenários da atualidade: (1) Balaão, que queria aceitar dinheiro ímpio (propina) para profetizar aquilo que o Senhor não havia determinado, pelo que lhe sobreveio a ira Deus (Nm 22:21-35); (2) Geazi, que cobiçou as dádivas de Naamã pelo ministério de Elizeu, pelo que lhe sobreveio a lepra de Naamã (II Rs 5:20-27); (3) Simão o mágico, que tentou comprar o dom de ministrar o batismo  no Espírito Santo, para, com certeza, renegocia-lo como um produto de venda, o que lhe custou uma séria ameaça profética de Pedro (At 8:18-24). Aos verdadeiros proclamadores do evangelho, que dedicam suas vidas integralmente à causa do Mestre, haverá recompensa nesta vida e na vindoura, segundo a promessa Dele mesmo: “Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e filhos, e campos, com perseguições, e, no século futuro, a vida eterna.” (Mc 10:29-30)
PASTORES. Nenhum ministério expressa melhor o relacionamento entre Deus e seu povo. “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.” (Sl 23:1). Houve uma curta época em minha vida, quando desempenhei um ministério itinerante intenso, como evangelista-profeta (o qual ainda desempenho, com menos intensidade por ser pastor), e acreditava que o ministério de um evangelista era mais difícil, hoje, como pastor, eu posso dize que estava enganado. Evangelistas e profetas vem, e vão, alegram a igreja, deixam uma marca de despertamento e glória, mas, quando eles se vão, as vidas das ovelhas continuam aos cuidados do pastor. Infelizmente há em nossos dias muitos “pastores” que não são motivados pelos sentimentos de Cristo, e sim pelo seu ego, não têm amor pelas ovelhas e sim por sua lã. Alguns pastores são verdadeiros déspotas tiranos, que oprimem e afugentam as ovelhas com palavras afrontosas, fazendo do púlpito o lugar de seus desabafos emocionais, a estes, Deus diz: “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.” (Jr 23:1). O ministério da visitação (quando necessária) é uma incumbência do pastor, pastores que não visitam, serão visitados por Deus de forma indesejada. “...Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós as maldades das vossas ações, diz o Senhor.” (Jr 23:2). Outra responsabilidade que cabe ao pastor, é preveni-las do erro, com uma mensagem recheada de doutrina e teor profético, porém alguns pastores irresponsáveis pregam o que lhes convém, e fazem errar o povo. “Ovelhas perdidas foram o meu povo; os seus pastores as fizeram errar...” (Jr 50:6). A conseqüência dessa omissão pastoral é desvio das ovelhas para seitas heréticas e o perambular pelo mundo, “...para os montes as deixaram desviar; de monte em outeiro andaram, esqueceram-se do lugar de seu repouso.” (b). O sábio pregador Salomão orienta: “Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; põe o teu coração sobre o gado.” (Pv 27:23). O pastor não pode ser um mero administrador eclesiástico, como se a igreja fosse uma empresa, seus membros funcionários, o dízimo uma mensalidade e a tesouraria, seu “cofrinho pessoal” O bom pastor não é feito nas salas das universidades, nos seminários teológicos, ou nos gabinetes presidenciais bajulando pastores mais graduados. O bom pastor não é aquele que faz a receita financeira de uma igreja aumentar, pois isso é uma conseqüência. Aliás, já tiver desprazer de conversar com pastores que indagados sobre a qualidade de seu rebanho, logo se reportaram a este aspecto dizendo: “Quando eu assumi entrava tanto, hoje subiu para tanto!” Isto me enoja! Este é um pastor inútil (Zc 11:17). Mas afinal, o que é um bom pastor? Jesus nos deixa um modelo: “...o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” (Jo 10:11) e “Eu sou o bom pastor, e conheço as minhas ovelhas...” (Jo 10:14). Jesus é o verdadeiro e Sumo Pastor (Hb 13:20; I Pe 2:25; 5:4). O escritor aos hebreus nos dá algumas credenciais de um pastor: “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para sua maneira de viver...Obedecei a vossos pastores e sujeita-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria, e não gemendo, porque isso não vos seria útil.” (Hb 13:7, 17).
1-      Pregam a palavra. “...que vos falaram a palavra de Deus...
2-      São exemplos de fé. “...a fé dos quais imitai...
3-      São modelos de vida. “...atentando para a sua maneira de viver.
4-      Cuidam das almas. “...porque velam por vossas almas...
5-      Prestarão contas das almas. “...hão de dar conta delas...
6-      Pastoreiam com alegria. “...para que o façam com alegria e não gemendo...
O pastorado tem perdido seu referencial apostólico em nossos dias, pois alguns pastores têm se tornado meros “dirigentes de cultos”, restringindo seu ministério ao âmbito interno. Pastores apostólicos são pregadores em potencial. “Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.” (II Tm 5:4). Esta exortação de Paulo foi dada ao jovem pastor da igreja em Éfeso, Timóteo. Um certo pastor disse: “Quem gera ovelha é ovelha”, mas eu pergunto, não será o pastor também uma ovelha do Sumo Pastor Jesus Cristo? Portanto, pastores devem ser pregadores. Glória a Deus!
            Jesus enxergou em Pedro uma sólida liderança apostólica, à ponto de chamá-lo de “PEDRA”, Pedro, o medroso, Pedro o impulsivo, Pedro o precipitado, Pedro o falador. Não importam os adjetivos negativos que outros atribuíram a ele, Jesus o escolheu para ser pastor de suas ovelhas e cordeiros (Jo 21:15-19).
            Pedro foi um pastor apostólico, pois inaugurou a era apostólica com uma pregação de proporções históricas.

E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados, e recebereis dom do Espírito Santo...E com muitas outras palavras isto testificava e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.
Atos 2:38,40,41
            MESTRES. Ensinadores são ministros apostólicos. O próprio Jesus teve seu ministério de ensino reconhecido pelo fariseu Nicodemus (Jo 3:2). O ministério de Jesus era tríplice, Jesus ensinava, pregava e curava. “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinado nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.” (Mt 4:23). Perceba que pregar e ensinar são coisas distintas.
            Além disso, na comissão apostólica dos discípulos, o ensino foi enfatizado. “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinado-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho manadado...” (Mt 28:19-20).
            Não podemos esquecer também, que o ensinar, na essência da palavra, é um dom específico que nem todos possuem, “de modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada...se é ensinar, haja dedicação no ensino.” (Rm 12:6, 7).
            O movimento pentecostal precisa restabelecer seus alicerces doutrinários através de um despertar do ensino nas igrejas, para que a ortodoxia pentecostal não seja atacada por ventos de doutrina, afinal, os ministérios bíblicos têm este objetivo (Ef 4:11-14).
            Uma restauração no ministério apostólico é acima de tudo uma restauração do ministério de mestre na igreja. Chega de deduções, conjeturas e teologias forjadas pela conveniência humana, precisamos de ministério de ensino genuinamente apostólico, isto irá desencadear uma série de avivamentos ao redor do globo terrestre.
Para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios.” (II Tm 1:11).
            Paulo foi um ensinador apostólico, e isso, dentre outras coisas, fez dele um modelo de apóstolo como veremos em postagens posteriores.
            Todos os ministérios, departamentos e facetas da Igreja estão ligados ao ministério apostólico, restaurar o ministério apostólico é restaurar a Igreja. Aleluia!


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